1º Capítulo: Surgimento da Classe Trabalhadora

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Quando a classe trabalhadora se afirma como tal, como grupo social diferenciado, produto da dissolução das formas de trabalho medievais anteriores, sua existência histórica passa a ser da máxima importância. Porém, uma coisa é que exista como classe social e outra que exista como movimento social.

Como classe social, surge objetivamente do processo de acumulação capitalista original. Necessário para que exista o Capitalismo é que exista previamente a classe trabalhadora. Não há regime capitalista sem o predomínio do sistema assalariado como pagamento pela força de trabalho.

Mas, a classe trabalhadora que vem se formando lentamente em suas origens deve ser vista como processo histórico, sua existência é anterior ao sistema capitalista. Quando sua existência se generaliza, isto se deve ao fortalecimento do Capitalismo como regime social e econômico.  A classe trabalhadora enquanto tal, sujeito da história, só aparece mais tardiamente.

As primeiras organizações das quais participam os trabalhadores aparecem no século XVIII e as primeiras verdadeiras organizações de trabalhadores o farão em meio ao processo de revolução industrial inglesa no começo do século XIX. Assim, uma coisa é a existência de uma classe trabalhadora e outra o surgimento dos movimentos de trabalhadores, sejam estes de caráter mutual, sindical ou político.

À medida que a classe trabalhadora se organiza e os movimentos sindicais e políticos se desenvolvem, começa a ser necessária a definição da ideologia que a classe trabalhadora, em seus primeiros anos, vai articulando organicamente. A definição dessa ideologia, de importância fundamental para lutas trabalhadoras, começará a ser sistematizada em meados do século XIX com o fundamental “Manifesto Comunista”, escrito por Marx e Engels em 1847.

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