Somos todos Charlie

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Ao dizer que somos todos Charlie, estamos dizendo que somos contra todas as formas de discriminação. Não toleramos preconceitos contra gays, mulheres, negros, nordestinos, muçulmanos, etc..

Ao dizer que somos todos Charlie, estamos afirmando a tolerância. O direito de todos se expressarem livremente, mas também o respeito a qualquer tipo de convicção, seja ela política ou religiosa.

Ao dizer que somos todos Charlie, estamos dizendo que apoiamos a liberdade de imprensa. Não podemos tolerar qualquer tipo de controle da mídia, ainda que travestido de termos que tentem ludibriar a opinião pública.

Ao dizer que somos todos Charlie, estamos dizendo sim à vida e à arte. A vida sem arte é triste. A arte busca o belo… Essa subjetividade, que se constrói a partir de identidades tão diversas, e que por isso mesmo, deve ser respeitada.

Ao dizer que somos todos Charlie, reconhecemos o direito de todos viverem em paz, sem muros que separem irmãos e sem a humilhação cotidiana a que é submetida a população palestina.

Ao dizer que somos todos Charlie, reconhecemos o passado colonialista dos países europeus que implantaram um sistema de vida baseado no eurocentrismo, carregado de preconceitos e que agora cobra seu preço.

Ao dizer que somos todos Charlie, queremos dizer que, apesar de tudo isso, acreditamos na vida e que, se não for possível vivermos no mundo sonhado por John Lennon na canção Imagine, que pelo menos possamos tolerar nossas diferenças…

Enilson Simões de Moura (Alemão)
Presidente do Sindbast

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