Confira o resumo da palestra da FIA sobre Plano de Carreiras, Cargos e Salários

A última sexta-feira, 04/10, foi dia de o Auditório Nelson Loda se abrir para os funcionários conhecerem mais sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que está sendo elaborado sob consultoria da Fundação Instituto de Administração(FIA), que no serviço público já teve como clientes como Petrobras, Dataprev, BNDES e o governo estadual paulista. “Começou em01/08, quando foi emitida a Ordem de Serviço. A FIA já falou com a Diretoria e os principais gestores e já fizemos várias reuniões. Estamos na fase de diagnóstico e ela tem seis meses para concluir o dimensionamento da força de trabalho e dez meses para concluir o novo PCCS”, disse Flavio Godas, gerente do Departamento de Administração de Recursos Humanos(DEARH) aos presentes.
É importante essa participação de vocês,pois nessa fase de diagnóstico que estamos é preciso expor os problemas do PCCS que a gente tem. Agora há a oportunidade de mudar, de fazer algo novo e responder às nossas expectativas e necessidades”, disse à plateia José Lourenço Pechtoll, diretor-presidente da CEAGESP, solicitando aos funcionários que deixem suas sugestões.

“Além do diagnóstico, a FIA vai apresentar a proposta dos planos e voltaremos a conversar, em um processo que a gente vai cumprir até bater o martelo e concretizar o novo plano”, completou.
O primeiro palestrante da FIA foi José Hipólito, doutor em administração e professor da instituição. “A gente sempre acreditou que a relação de trabalho é uma relação de troca que tem de ser positiva: de um lado as pessoas colocando seu empenho e do outro, a organização também apoiando as pessoas com critérios claros e transparentes para que cada um assuma a gestão e o desenvolvimento de suas carreiras”, declarou aos presentes. “Em uma fase inicial de trabalho, a gente está levantando possibilidades e expectativas,além de aspectos relacionados ao dimensionamento da força de trabalho, da gestão de carreira e do desenvolvimento,além dos salários que podem ser atualizados”.

O segundo palestrante foi Ney Nakazato Miyahira, doutor em Administração pela USP. “A gente sabe que existem especificidades e particularidades e muitas delas vocês vão nos ajudar a enxergar”,declarou aos presentes. “Um bom plano deveria estimular conversas constantes entre equipe, chefia e subordinados.Precisamos ter critérios flexíveis, ajustando-se às necessidades organizacionais e de diversas áreas“.

José Hipólito acrescentou ter aumentado nas empresas a flexibilidade e autonomia de quem nelas trabalha em comparação ao passado. “Os critérios precisam ser os mais simples possíveis para entendermos e possibilitem o desenvolvimento e mobilidade dos profissionais para um melhor aproveitamento”, completou. Ainda assim, para que o PCCS não fique limitado, é preciso priorizar critérios estáveis. “É preciso que dê abertura para novos contextos e condicionantes de trabalho”, reforçou Ney.“A organização precisa ter uma ferramenta de gestão de carreira que permita abraçar tanto o contexto atual quanto os novos que venham aí”. Um dos conceitos a serem utilizados é o de competência, que ficou definido como conhecimentos e habilidades que por meio de atitudes possibilitam o alcance de resultados – o que alguém consegue em situação prática, conforme o nível que está na carreira.

Foi exposto um exemplo de plano para que os funcionários pudessem ver e ter uma noção de uma estrutura possível,envolvendo eixos e trajetórias de carreira,devidamente delimitados pelos graus de escolaridade. “Preciso fazer essa de limitação porque há na Constituição a cláusula de que ingresso em cargos públicos é via concurso,que precisa respeitar esses níveis”, relatou Ney. Com essas especificações, também fica facilitado identificar as necessidades de treinamento e atualização e o conhecimento específico para cada cargo.

Sobre planejamento de força de trabalho, os consultores falaram sobre a necessidade de a CEAGESP consiga realizar o trabalho de maneira melhor e sem necessidade de refazer. “Existe a oportunidade de modernizar, inserindo tecnologia, mudando o processo e organizando para que ele seja mais efetivo”, contou José Hipólito. “O objetivo é permitir que a CEAGESP aprimore sua capacidade de gerir a força de trabalho e incluindo esse dimensionamento e transferir conhecimento para que vocês possam fazer a gestão ao longo do tempo”.
O que surgir desses dois trabalhos irá inclusive influenciar nos próximos passos da Companhia. “Para abrir concurso público, é preciso saber o que se precisa. É uma etapa fundamental para não errar nas contratações”, declarou Flavio Godas.

O que já foi identificado pela FIA
Plano de Cargos e Salários

É preciso discutir:

  • Trajetórias de carreira e níveis de complexidade do trabalho
  • Competências comportamentais e técnicas
  • Tabela salarial
  • Critérios de mobilidade na carreira
  • Avaliação de desempenho qualitativo
  • Quais os papéis e responsabilidades para que as mudanças aconteçam
  • Regras de transição
    Planejamento da Força de Trabalho
    É preciso:
  • Avaliar o quadro de pessoal necessário
  • Aprimorar e incorporar práticas de planejamento da força de trabalho
  • Adotar metodologia ágil e alinhada às reais necessidades da CEAGESP

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