DIA DO TRABALHO – NO BRASIL, HÁ POUCO O QUE COMEMORAR


Hoje, no mundo inteiro, comemora-se o Dia do Trabalho. É uma data que lembra os mártires de Chicago que foram enforcados por liderarem uma greve contra os abusos cometidos pelos empresários americanos.
Com raríssimas exceções, poucos poderão festejar. São aqueles que moram em países cujos governos agiram no momento devido e combateram a pandemia salvando a vida de suas populações.
No Brasil, vivemos uma dupla tragédia: a pandemia já ceifou mais de 400 000 vidas! Um verdadeiro genocídio ou se quiserem assassinato em massa provocado, estimulado e praticado pelo Presidente da República. Mortes sob tortura e com requintes de crueldade como as que assistimos no Amazonas e hoje em diversos outros estados.
Assistimos ao aumento brutal da miséria e do desemprego. Assistimos a permanente violação, eliminações de direitos básicos, até mesmo daqueles consagrados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Assistimos à crueldade das demissões de idosos na CEAGESP, idosos que compõem a população de risco e que agora, no ápice da pandemia, perdem seus planos de saúde. Tudo em nome de uma suposta recuperação financeira da empresa. Visão distorcida e anticivilizatória. Castigar trabalhadores nunca recuperou qualquer empresa.
Nossa posição para parar o morticínio seria seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Fazer o que foi feito em Araraquara. Ao invés de cortar, liberar recursos para a ciência. E vacinar em massa, a única forma efetiva de se acabar com o vírus.
Pura ilusão pensar que um presidente com forte instinto genocida adotaria estas medidas. Ele deseja mais e mais mortes. Ele não esconde isto de ninguém. É sua prática diária.
Nossa esperança está na CPI em curso no Senado, e no Supremo que vem agindo no sentido de cortar os excessos criminosos praticados pelo presidente e sua equipe.
Esta é a realidade. É dura e cruel e exige uma postura firme dos sindicatos. Nós a teremos! Nunca deixamos de lutar e não deixaremos agora.

Enilson Simões de Moura – Alemão
Presidente do Sindbast

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